A patologização da transexualidade constituiu um modo de compreender pessoas trans e travestis a partir de um entendimento nosológico. Desde a década de 1960, com os primeiros estudos considerados “científicos” sobre essa população, foram se desenhando alguns critérios diagnósticos disfarçados de tratamento. Odiar o espelho. Ter ojeriza à autoimagem. Vivenciar um conflito intenso consigo mesmo. Além, evidentemente, das diretrizes sexistas que estão assentadas nos manuais internacionais de saúde, tais como aquelas que conferem à transexualidade o status de “cópia” de algum gênero tido como “original”. Assim, o desafio lançado é refletir sobre as formas que podem ser questionadas algumas inferências biomédicas no campo de uma terapia, reconhecendo que os investimentos de tal tradição diagnóstica prejudicam a emergência de fins terapêuticos – tão caros às ciências psi. Com seis encontros semanais, pensamos em um Grupo de Estudos nas quintas-feiras, com duração de 2h por encontro, das 19h30min às 21h30min.
DATAS e Módulos 03/10 – Gêneros “normais”, gêneros “patológicos” 10/10 – Identidade sob a ótica da nosologia 17/10 – O que pode uma clínica atravessada pela diferença? 31/10 – Infância e Diagnóstico 07/11 – Indo além das escutas normativas 14/11 – Despatologização na prática